Ultrassonografia auxilia no diagnóstico da Síndrome Metabólica, defende médico
Terça-feira, 22/09/2015 - Categoria: Ultrassonografia Geral
Se a obesidade ainda é motivo de preocupação, já que dados recentes do Ministério da Saúde revelam que praticamente metade da população brasileira (48,5%) está acima do peso ideal, os especialistas voltam a atenção agora para outro problema: a Síndrome Metabólica (SM). O distúrbio é caracaterizado como um conjunto de doenças que, associadas, podem aumentar o risco de problemas cardiovasculares. Entre as complicações mais frequentes, que atinge uma em cada quatro ou cinco pessoas, circunferência abdominal acima da medida ideal, pressão alta e elevação nas taxas de glicemia, triglicerídeos e colesterol (HDL).
“Indíviduos com SM têm duas a três vezes mais chances de adquirir uma doença cardiovascular. Nesse sentido, temos recorrido a técnicas mais sofisticadas para determinar não apenas a gordura corporal, mas principalmente a visceral. Afinal, temos encontrado elevada prevalência de SM em pessoas não-obesas, e a gordura visceral parece ser o elo entre o tecido adiposo e a resistência à insulina, que é uma característica da Síndrome Metabólica”, explica Leonardo Piber, médico ultrassonografista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB).
A ultrassonografia vem sendo usada por especialistas para auxiliar no diagnóstico da Síndrome Metabólica. “O padrão-ouro para determinar a gordura visceral em uma pessoa é a tomografia computadorizada, já que ela é capaz de diferenciar o que é gordura subcutânea e o que é visceral. Porém, nem todos têm acesso a esse tipo de exame – além do inconveniente de submeter o paciente a uma dose de radiação ionizante. Em anos recentes, passamos a fazer uso da ultrassonografia para avaliar a gordura intra-abdominal, auxiliando no diagnóstico da Síndrome Metabólica. Além de conseguir medir a gordura visceral, trata-se de uma técnica simples, não-invasiva, de baixo custo e sem risco de radiação”, ressalta Piber.
Segundo o especialista, o ultrassom permite medir a espessura da gordura abdominal subcutânea e visceral, separadamente, fazendo uso de um transdutor posicionado logo acima do umbigo do paciente. A espessura do tecido adiposo visceral obtida tem boa correlação com a área desse mesmo tecido quantificada pela tomografia. “A opção pelo exame ultrassonográfico tem se mostrado não só muito simples e eficaz, como também original, já que esse exame não costumava ser usado na avaliação da gordura visceral e muito menos no auxílio ao diagnóstico da Síndrome Metabólica. Trata-se de um grande avanço”, defende o médico.
Fonte: Casa Saudável, por Malu Silveira