SUS oferece novo exame para Hepatite C: Elastografia Hepática Ultrassônica
Procedimento é indolor e não invasivo; novo exame deverá estar disponível no SUS em até 180 dias
Segunda-feira, 17/10/2016 - Categoria:
Um novo exame para avaliar o grau de comprometimento do fígado dos pacientes com Hepatite C está sendo incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS). A Elastografia Hepática Ultrassônica vai facilitar o diagnóstico aos pacientes que irão utilizar os novos medicamentos para o tratamento da Hepatite C (sofosbuvir daclatasvir e simeprevir), incorporados recentemente ao SUS.
O exame é seguro e eficaz para diagnóstico e definição do estágio da fibrose hepática quando comparada à biópsia hepática – atual padrão de diagnóstico –, pois possui níveis de sensibilidade e especificidade significativas, com a vantagem de ser um exame indolor e não invasivo.
A previsão é que o novo exame esteja disponível para os usuários do SUS em até 180 dias. Os softwares, que serão instalados nos equipamentos de ultrassonografia já existentes na rede do SUS, serão adquiridos pelo Ministério da Saúde.
A incorporação da Elastografia Hepática Ultrassônica foi recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hepatite C crônica estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Hepatite C
O SUS garante o acesso aos medicamentos de combate à doença para todos os pacientes diagnosticados e com indicação de tratamento medicamentoso. Vale ressaltar que nem todas as pessoas que contraíram o vírus precisam ser medicadas, sendo uma recomendação estabelecida por protocolo e avaliação médica.
Em junho, o Ministério da Saúde anunciou que o SUS passará a ofertar, ainda neste ano, um dos tratamentos mais inovadores disponíveis no mundo, composto pelos medicamentos daclatasvir, sofosbuvir e simeprevir.
A nova terapia apresenta taxa de cura de 90%, significativamente maior que todos os tratamentos utilizados até o momento, e duração de 12 semanas, contra as 48 semanas de duração da terapia anterior. Outra vantagem é que todo o tratamento é oral, proporcionando conforto ao paciente e maior adesão.
Em 13 anos de assistência à doença no SUS, foram notificados e confirmados 120 mil casos e realizados mais de 100 mil tratamentos. Atualmente, são 10 mil casos notificados ao ano. Estima-se que a tipo C seja a responsável por 350 e 700 mil mortes por ano no mundo.
No Brasil, são registrados cerca de três mil mortes por ano associadas à Hepatite C. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil registra 8.040 novos casos de câncer de fígado ao ano. A doença é responsável de 31% a 50% dos transplantes em adultos.
Desde 2011, o País também distribui testes rápidos para a Hepatite C. Naquele ano, foram distribuídos 15 mil testes, já em 2014 o número saltou para 1,4 milhão de testes.
Sem diagnóstico até 1993, a Hepatite C é uma doença de poucos sintomas. Com os exames disponíveis no SUS, o diagnóstico poderá ser feito facilmente. Além das transfusões de sangue, outras formas de transmissão são o compartilhamento de objetos perfuro-cortantes de uso pessoal e de seringas e agulhas para o uso de drogas.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde