Sucesso do tratamento de câncer de pâncreas está ligado a diagnóstico precoce
Com o avanço da medicina e o grau de conscientização cada vez maior da população, os quadros desta doença têm sido revertidos graças ao diagnóstico precoce.
Sexta-feira, 09/06/2017 - Categoria:
O diagnóstico precoce, realizado a partir de exames de prevenção ou de rotina, é hoje bastante facilitado e preciso graças à evolução da medicina, dos aparelhos e técnicas que apuram resultados. Essa avaliação precoce do estado de saúde do indivíduo é, muitas vezes, a grande razão pela qual muitas doenças são tratadas.
O câncer se caracteriza pelo crescimento desordenado maligno de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. Um tipo muito comum e que que tem altos índices de sucesso no tratamento é o câncer de pâncreas.
O pâncreas é um órgão que possui a função de produzir de hormônios e outras substâncias que auxiliam na digestão dos alimentos. Na maioria das vezes, é afetado pelo câncer do tipo adenocarcinoma (que se origina no tecido glandular), correspondendo a mais de 90% dos casos diagnosticados. Segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC), os casos da doença aumentam com o avanço da idade, com maior prevalência entre os 80 e 85 anos e na população masculina.
O sucesso no tratamento do câncer no pâncreas, por sua vez, está diretamente relacionado a um diagnóstico precoce, levando em conta os sinais e sintomas e o resultado de exames de laboratório e de imagem, tais como ultrassonografia endoscópica, tomografia computadorizada de abdome, ressonância magnética e a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPER). Pacientes que não podem usar contraste iodado podem realizar a ressonância nuclear magnética.
Todavia, para obter sucesso no tratamento oncológico é necessária a avaliação de equipe médica multidisciplinar desde o início do tratamento. Além disso, a cirurgia deve ser feita com preceitos oncológicos rigorosos.
De acordo com informações do hospital A.C Camargo Cancer Center, mesmo esse câncer tendo grandes chances de sucesso no tratamento se diagnosticado com antecedência, 80% dos casos não são diagnosticados de maneira precoce e sim avaliados pela primeira vez geralmente em fases mais avançadas. Os pacientes, nestes casos, já apresentam sintomas mais aparentes, como emagrecimento, perda de apetite, dor abdominal e nas costas e coloração amarela da pele e dos olhos.
Além disso, para o hospital, alguns fatores de risco podem ser observados com mais atenção na hora de buscar o diagnóstico precoce, são eles o consumo de cigarro e a hereditariedade.
Segundo o A.C. Camargo, a maior parte dos pacientes submetidos à retirada dos tumores de pâncreas devem ser tratados com quimioterapia no pós-operatório, com o objetivo de destruir as células tumorais distantes que ainda estiverem vivas.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pâncreas é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença. Raro antes dos 30 anos, torna-se mais comum a partir dos 60 anos.
Fontes: (INCA) e A.C. Camargo Câncer Center