Intervenção é o futuro da medicina

Práticas de intervenção são o futuro da medicina. É o que garante o médico Dr. Ronaldo Lins, que coordena o curso de US Musculoesquelético, no Cetrus, e é conhecido pelo seu trabalho em medicina esportiva. Casos de músculos que perderam a elasticidade ou tendão na sua degeneração natural, por exemplo, são comuns em pessoas que passaram dos 40 anos e principais motivos de procura dos pacientes no consultório médico.

Para lidar com essa demanda, os exames de imagem têm sido grandes aliados, pois garantem a precisão no tratamento. “A ressonância magnética é o padrão ouro, te dá a imagem bem definida, mas é um método estático, enquanto a ultrassonografia é dinâmica e te permite intervir com facilidade”, explica Dr. Ronaldo.

A medicina intervencionista tem indicação em infiltrações, drenagens e biópsia, que devem ter as aplicações feitas no local exato. Segundo ele, a medicina regenerativa começou a ganhar força nos últimos cinco anos e o uso de substâncias que levam à regeneração do tecido, consequentemente sua recuperação, sem necessidade de intervenção cirúrgica, tem atraído os médicos. “Hoje descobrimos que a gordura contém cem vezes mais células mesenquimais que a medula óssea. Então ficou muito mais fácil fazer a intervenção em um músculo que rompe ou um tecido lesado. E para isso, dependemos demais da ultrassonografia”, afirma.

Dos profissionais que procuraram pelo curso de US em Musculoesquelético no Cetrus nos últimos dois anos, mais da metade tem interesse em trabalhar com intervenção guiada por ultrassom. “O médico investe em equipamento portátil para o consultório e passa a praticar com uma margem de erro muito menor, porque sabendo manusear o aparelho, ele amplia sua atuação para além do diagnóstico e ele próprio passa a interpretar os resultados”, completa. No caso dos ortopedistas, o curso garante maior qualidade no diagnóstico e uma confirmação para a avaliação clínica. É sabido também que para qualquer cirurgia hoje, alguns planos de saúde exigem os exames de imagem para autorizarem a operação.

Outros campos de atuação citados pelo médico são: a medicina ocupacional, em que os profissionais integram a equipe do INSS em todo o Brasil e lidam com nas áreas de lesões repetitivas e micro traumáticas; a medicina esportiva, bem remunerada e reconhecida internacionalmente; e a medicina degenerativa, ligada a fatores naturais da idade.