Google e gigante farmacêutica criam empresa de medicina bioeletrônica

A Alphabet, empresa que detém o Google, e a gigante farmacêutica do Reino Unido GlaxoSmithKline (GSK) anunciaram que estão criando uma nova companhia para desenvolver medicamentos bioeletrônicos. 

Batizada de Galvani Bioelectronics, a joint venture será inicialmente fundada com o investimento de US$ 715 milhões nos próximos sete anos, com planos de ter tratamentos prontos para aprovação regulatória até 2023. O acordo entre as duas gigantes reserva 55% da participação ao grupo GSK e 45% para a divisão Verily Life Sciences do Google, braço da companhia antes chamado Google Life Sciences.   

Com sede no Reino Unido, a nova companhia empregará 30 cientistas, engenheiros e médicos e terá um centro secundário de pesquisa na sede da Verily, em São Francisco.  

A área de pesquisa em medicina bioeletrônica é relativamente nova e pode cobrir um número diferente de terapias. Em comunicado à imprensa, entretanto, a GSK ressaltou que a iniciativa se concentrá em criar implantes elétricos que poderão ser usados para tratamento de doenças. Um conceito próximo ao marcapasso cardíaco, que usa pulsos elétricos para fazer com que o coração bata. 

Cientistas acreditam que dispositivos similares poderiam ser usados para tratar uma ampla gama de condições crônicas, como artrite, diabetes e asma – ao simular partes específicas do corpo. Implantes para tais funções não seriam maiores que um grão de arroz. 

Moncef Slaoui, chairmain da divisão de vacinas da GSK, ressalta que “muitos dos processos no corpo humano são controlados por sinais elétricos disparados entre o sistema nervoso e os órgãos do corpo". Em casos de doenças crônicas, esses sinais podem ficar distorcidos. Soluções bioeletrônicas, poderiam então corrigir esses padrões elétricos irregulares, usando microdispositivos anexos aos nervos dos indivíduos. 

Fonte: IDGNow