Elastografia pode agilizar o diagnóstico da doença hepática crônica
Tecnologia por ultrassom agrega vantagens ao método na identificação e acompanhamento da doença
Segunda-feira, 28/11/2016 - Categoria: Ultrassonografia Geral
A utilização da elastografia para diagnóstico e acompanhamento da doença hepática crônica passa por fase de intensas pesquisas. A revista Radiographics publicou, recentemente, artigo sobre o assunto que aborda com profundidade as vantagens, limitações e armadilhas de cada modalidade de diagnóstico.
Os especialistas defendem que a elastografia baseada em ultrassom e em ressonância magnética ganha destaque para quantificar a fibrose hepática e os dois métodos têm-se mostrado superiores à imagem transversal convencional para avaliação da fibrose, especialmente nos estágios pré-cirróticos.
Muitas das causas da doença hepática crônica vêm aumentando na prevalência, o que tem chamado a atenção para a necessidade de fortalecer as técnicas de diagnóstico. E a elastografia pode identificar a inflamação em estágio preliminar da fibrose, permitindo tratamento precoce.
No artigo, os autores indicam que a avaliação da fibrose é importante não apenas para o diagnóstico, mas também para o manejo, a avaliação prognóstica e o acompanhamento de pacientes com doença hepática crônica. A natureza não-invasiva da elastografia torna o método adequado para utilização repetida durante um período de tempo.
O texto ressalta que, embora a biópsia do fígado tenha sido tradicionalmente considerada o padrão de referência para a avaliação da fibrose hepática, técnicas não-invasivas como a elastografia são promissoras. Os autores fazem a ressalva de que, embora detecte a fibrose hepática, a elastografia não fornece um diagnóstico patológico da causa da doença. Para tanto, recomendam, é preciso reunir dados de imagens convencionais, achados laboratoriais, critérios clínicos e, possivelmente, biopsia.
O artigo foi elaborado pela equipe de especialistas formada pelos doutores Aparna Srinivasa Babu, Michael L. Wells, Oleg M. Teytelboym, Justin E. Mackey, Frank H. Miller, Benjamin M. Yeh, Richard L. Ehman e Sudhakar K Venkatesh. A equipe atua nos departamentos de radiologia do Mercy Catholic Medical Center, da Mayo Clinic, da Northwestern University Feinberg School of Medicine e da Universidade da California, nos Estados Unidos.
No Brasil, onde a ultrassonografia é um método consagrado e os especialistas brasileiros desfrutam de grande conceito, a técnica da elastografia vem ganhando espaço, graças a pesquisas e estudos realizados em serviços de referência, como o Instituto de Radiologia da FMUSP, e em unidades especializadas, como a Clinica MamaImagem, em São José do Rio Preto (SP), e o Centro de Estudos referência em Diagnósticos por Imagem, Cetrus, que ensina a técnica do exame no Curso de Elastografia, coordenado pela médica Dra. Cláudia Lemos, condecorada com o Certificado de Mérito e com o 2º lugar no Prêmio FujiFilm JPR´2016 na 46ª Jornada Paulista de Radiologia, ao lado da Dra. Elizabeth Sanchez Ayub e do Dr. Fernando Guastella.
Para ter acesso à íntegra do artigo, é preciso acessar radiographics.rsna.org
Fonte: ID