Dr. André Yui Aihara e Dr. Fernando Bernardes, do Cetrus, integram equipe médica nas Olimpíadas
Policlínica Olímpica já fez 800 exames de imagem e conta com equipamentos de última geração
Sexta-feira, 12/08/2016 - Categoria: Medicina
Montada dentro da Vila dos Atletas, no Rio de Janeiro, a Policlínica Olímpica está preparada desde o primeiro dia dos jogos Rio 2016 para atender atletas de ponta que brigam pelo ouro e melhor performance física no evento que coroa anos de preparo.
De volta à São Paulo, depois de cinco dias de trabalho voluntário na equipe responsável pelos exames de imagem, o médico André Yui Aihara, coordenador dos Cursos de Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada do Sistema Musculoesquelético no Cetrus, conta sua experiência. “Nos revezamos em quatro médicos por turnos de oito horas, em esquema de plantão para atender tanto atletas quanto comissões técnicas. Toda a estrutura e equipamentos funcionaram da melhor forma possível e pudemos ajudar com resultados entregues em tempo recorde tanto para tratamento quanto para possíveis cortes de atletas com muita dor”, conta.
No total até aqui já foram realizados mais de 800 exames de imagem, segundo reportagem do jornal Extra. Pelos corredores da policlínica, no entanto, o que mais se vê são os resultados do esforço levado ao limite.
“O maior número de atendimentos se refere a lesões músculo-esqueléticas, como fraturas, contusões, luxações. Por isso, investimos tanto em exames — disse o ortopedista e médico do exercício Marcelo Patricio de Oliveira, diretor da Policlínica Olímpica.
Equipada com dois aparelhos de ressonância magnética (1,5 e e Tesla), ultrassom e raios X digital, a unidade prepara os resultados, que são enviados a um prontuário eletrônico previamente alimentado com dados dos 15 mil atletas. Parte dessa tecnologia trazida ao Brasil pela GE Healthcare será doada aos hospitais Getúlio Vargas e Alberto Torre. “Delegações de vários países, ricos e pobres, vêm se beneficiando desse atendimento. Atendemos emergências, mas também muitos casos crônicos, principalmente nas áreas de odontologia e oftalmologia. É uma função social dos Jogos”, explicou o médico.
Outra novidade trazida pela GE Healthcare é um ultrassom de bolso. Do tamanho de um celular, o Vscan foi criado para levar o exame a lugares onde um aparelho convencional não chegaria. “Estamos com dez Vscans aqui nos Jogos. Com ele, a capacidade de acelerar decisões é infinitamente maior do que o seu tamanho de 13 cm de altura. Ainda no local da prova, os médicos podem definir se levarão o atleta para a Policlínica Olímpica ou diretamente para o hospital de referência dos Jogos”, disse Daurio Speranzini Jr, presidente e CEO da GE Healthcare para a América Latina.
Pela primeira vez numa Olimpíada, Dr. André Yui Aihara também elogiou clima brasileiro na cidade. “Foi uma experiência ótima, de contato com atletas de altíssimo nível e boa troca com médicos de vários lugares do mundo. Por um lado tinham comissões com equipe completíssima e, por outro, de equipes mais simples que contaram com todo o nosso apoio. Como são atletas de ponta, pudemos acompanhar alterações que normalmente não encontramos nos praticantes do dia a dia”, completa.
Dr Alberto de Castro Pochini é Ortopedista, Professor na UNIFESP-EPM de São Paulo. Atua como médico ortopedista voluntário na Policlínica da Vila Olimpica. Foto tirada ao lado do Dr. André Yui Aihara em frente à um dos equipamentos de RM instalados na Policlinica.
Fonte: Extra