Confira a matéria do Dr. Sebastião Zanforlin sobre US 3D/ 4D que saiu no GNT
Terça-feira, 18/12/2012 - Categoria:
Ultrassonografia morfológica: entenda mais sobre o exame 3D e 4D
Por Bruna Capistrano
Um dos momentos mais aguardados dos pais ‘grávidos’ é conseguir ver o feto no útero e ouvir o coraçãozinho do bebê batendo. Mas o que é a ultrassonografia morfológica? Quais são as diferenças entre o ultrassom 3D e 4D? Os médicos Sebastião Zanforlin Filho e Domingos Mantelli Borges Filho listam para o site do GNT as principais dúvidas sobre o exame:
O que é a ultrassonografia morfológica?
Há dois tipos de ultrassonografia que a mulher pode fazer durante a gravidez. A obstetrícia, que avalia o crescimento fetal, a quantidade de líquido amniótico e a localização da placenta, por exemplo, e a morfológica. De acordo com o médico Sebastião Zanforlin Filho, é neste exame que a mãe consegue visualizar a anatomia do feto e o médico avalia sinais que se relacionam à probabilidade do feto ser portador de doenças graves ou possuir defeitos cardíacos.
Quando fazer a ultrassonografia?
A primeira ultrassonografia a mãe nunca esquece. E de acordo com Sebastião, O ideal é que o primeiro exame seja realizado bem no início da gravidez. “Mas para se identificar o embrião e seu batimento cardíaco seriam necessárias de 6,5 a 7 semanas, a contar da data da última menstruação”, explica Sebastião. Isso significa que na 6ª semana, o embrião é ainda muito pequeno e pode não ser visto direito. “A atividade cardíaca do feto também, provavelmente, não será detectada”, explica.
Em quais semanas devo fazer a ultrassonografia e quais doenças podem ser detectadas?
Entre a 12ª e a 14ª semanas, o médico consegue visualizar na ultrassonografia se o feto tem doeças graves, como a Síndrome de Down e doeças cardíacas. “É nesta fase também que são detectados os casos de maior risco para desenvolver hipertensões arteriais severas (pré-eclampsia). Com 20 a 22 semanas, repetimos o ultrassom morfológico para detectar quase 90% das anomalias fetais, além de se verificar o colo uterino para pesquisa de risco de parto prematuro”, explica.
Com 32 a 36 semanas, a ultrassonografia obstétrica pode revelar se o crescimento e a vitalidade do bebê estão normais. É neste exame que os médicos apontam se a gestação é de risco, com futuras complicações obstétricas, e se as mães precisarão de acompanhamento mais frequente.
Qual é a diferença entre o ultrassom 3D e o 4D?
De acordo com Sebastião Zanforlin Filho, o ultrassom 3D é diferente da ultrassonografia comum, que mostra uma fatia do feto. “O exame tridimensional usa o aparelho que capta várias fatias. Essas várias fatias, no computador, permitem ver a imagem por fora do bebê. Já com o ultrassom 4D, a imagem tridiomensional é feita em sequências muito rápidas. Se o bebê faz um movimento, dá para enxergar o movimento. Ou seja, é o 3D mais o tempo”, explica.
“Assim, os pais podem conhecer os traços do filho antes mesmo de ele nascer. Dá para ver os olhinhos, nariz, boca e até arriscar se ele se parece mais com o pai ou com a mãe. O que difere essas técnicas do ultrassom comum é a forma com que o parelho dividirá e mostrará as imagens obtidas, pois no tradicional conseguimos ver somente os ossinhos e órgãos internos do bebê. Nos demais, percebermos a camada de pele que cobre o feto”, salienta Domingos Mantelli.
Quanto custa um exame 3D ou 4D?
Os valores dos exames variam entre R$200 e R$300. E, de acordo com Zanforlin, a maioria dos convênios de saúde ainda não cobre a ultrassonografia 3D e 4D. “Acho muito difícil que venham a liberar estes procedimentos, pois seu maior benefício é imponderável e não necessariamente está relacionado com a minimização de riscos ou melhoria objetiva do estado de saúde”, explica.
Quanto tempo demora o ultrassom? Preciso me preparar antes?
“Os exames demoram o mesmo tempo de um ultrassom normal e não existe diferença na execução dos procedimentos. Para adquirir fotografias ainda melhores é bom que a mamãe tome bastante água antes de fazer o exame”, explica Domingos Mantelli. Os exames costumam durar 1h.