A cada ano, 24 mil crianças nascem com problemas no coração
O diagnóstico precoce pode salvar vidas e, com tratamento adequado, a criança têm chances de levar uma vida normal
Quinta-feira, 16/06/2016 - Categoria: Ecocardiografia e Ecografia Vascular
A incidência de problemas no coração presentes desde o nascimento é de 8 a 10 por 1000 nascidos vivos, de acordo com números de 2014 da Organização Mundial de Saúde (OMS). Apesar de raro, muitas crianças têm esse tipo de problema no Brasil. Os dados apontam para uma taxa de natalidade no país de 3 milhões, se levada em conta a incidência prevista, são cerca de 24 mil crianças com malformação nascidas durante o ano.
Por conta dos altos índices, no último domingo, dia 12, foi lembrado o Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita. “A notícia boa é que essa complicação é reversível, e não uma condenação. Quanto antes for tratada, maior a chance de o paciente levar uma vida normal”, relata o cardiologista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe, no Paraná, Nelson Miyague.
A anormalidade na estrutura ou função do coração pode ser identificada ainda durante a gravidez, por meio do exame de ultrassonografia, com o qual é possível perceber alterações na formação do feto. Nesse caso, é feito um ecocardiograma para identificar o problema. O diagnóstico precoce é importante para o planejamento do parto e pode salvar a vida do bebê.
O tratamento mais recorrente para 35% dos cardiopatas congênitos é a intervenção cirúrgica. São aproximadamente 8,4 mil crianças que passam por cirurgias pontuais, sem considerar a necessidade de novos procedimentos durante a vida.
O Brasil conta com apenas oito centros de cardiologia exclusivamente pediátricos, de acordo com dados da Revista Brasileira de Cirurgia Cardíaca de 2013. Apenas dois deles realizam mais de 100 cirurgias por ano em crianças de até um ano.
Especialização
No Cetrus, a Dr. Marina M. Zamith coordena o curso de Ecocardiografia Fetal, indicado para ginecologistas, obstetras, radiologistas, cardiologistas pediátricos, ecocardiografistas e médicos com conhecimento em Medicina Fetal, e que tem por objetivo habilitar para avaliação, acompanhamento pré-natal e programação pós-natal, que envolve orientação obstétrica e cirúrgica após o nascimento do bebê. "É conhecido que 1% da população apresenta alguma cardiopatia e que na maioria das vezes não é detectada durante o pré-natal. Então elaboramos este curso com o objetivo de oferecer um estudo mais completo que irá passar por diferentes cardiopatias, promover discussões clínicas, possibilitar o treinamento em aparelhos diferentes e em grande quantidade de gestantes voluntárias", explica ela.
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Sobre o mercado atual, a Dra. Marina diz: "Faltam especialistas e sobram boas oportunidades com remuneração superior às outras. No Brasil, por exemplo, eu passo por cidades que não têm médicos especializados em Ecocardiografia Fetal e as gestantes diagnosticadas com algum tipo de cardiopatia acabam encaminhadas para tratamentos distantes e muitas vezes ineficazes, por falta de tempo ou diagnóstico antecipado.
Fonte: Paranashop