1° de Dezembro: Dia Mundial da Luta contra Aids
Terça-feira, 01/12/2015 - Categoria: Bem Estar
Celebrado hoje (1), o Dia Mundial de Luta Contra a Aids terá ações em todo o país. A data foi instituída no Brasil em 1988 pelo Ministério da Saúde, como forma de despertar a consciência para a prevenção.
Até o dia 31 de dezembro, o governo do DF vai promover várias ações de prevenção e de testagens rápidas. Hoje, das 9 às 12 horas, ocorrerá ação preventiva no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, na 903 Sul; das 9 às 18 horas, no campus Darcy Ribeiro da UnB (Universidade de Brasília); e, entre 8 e 18 horas, em unidades de saúde. Nas unidades de saúde que dispõem do serviço será intensificada a realização de testes. No mesmo dia, o exame também será feito na Estação Central do Metrô, na Rodoviária do Plano Piloto, das 9 às 18 horas.
Dia 9 de dezembro, das 9 às 11 horas, no Restaurante Comunitário da Cidade Estrutural, será possível fazer o teste rápido para identificar a presença do vírus HIV.
Em Uberlândia (MG), a “Ação do Dia Mundial de Luta Contra a Aids” terá aplicação do teste rápido, além de outras atividades de caráter educativo e preventivo. A ação será na Praça Tubal Vilela, das 8h às 18h, e segundo a organização, é a primeira vez que é realizada na cidade.
Segundo o diretor presidente da Rede Nacional de Pessoas que Vivem e Convivem com a doença (RNP +), Edval Dias Cantuário, Uberlândia atualmente ocupa o 3º lugar no ranking de casos de HIV diagnosticados em Minas Gerais. Por isso, o evento para orientar a população sobre a Aids, incentivar os cuidados com a saúde sexual, instigando pessoas de todas as idades a realizarem o teste e esclarecerem dúvidas sobre a doença.
O evento contará com profissionais de enfermagem, psicólogo, assistente social e demais profissionais da saúde. Serão distribuídos folders, panfletos e preservativos, entre outras atividades de caráter educativo e preventivo.
Em Boa Vista (RR), uma campanha de conscientização sobre a doença será promovida no Parque Germano Augusto Sampaio, zona Oeste de Boa Vista, das 17h às 22h. Testes de HIV, hepatite e sífilis, distribuição de preservativos masculino e feminino, de material educativo, palestras e orientações sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e uma roda de conversa com pessoas que convivem com o vírus fazem parte do evento.
A população também terá acesso a ações culturais, aferição de pressão arterial e teste de glicemia, além da emissão do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), vacinação e palestra sobre a saúde bucal.
Exposição
Também no Distrito Federal, o Museu Nacional da República, no Setor Cultural Sul, receberá a exposição fotográfica Positivo na Lata: Revelando a Vida. De 1º a 31 de dezembro, 100 pessoas mostram o dia a dia convivendo com portadores do vírus em Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte (MG). Os trabalhos são resultado de capacitação profissional em fotografia, do projeto Positivo na Lata, coordenado pelo Instituto Bogea de Educação, Esporte e Música.
Números
No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, serão divulgados pelo Ministério da Saúde os números da doença no Brasil em 2014, e a expectativa é que as ações de prevenção e de testagens rápidas, por meio da saliva, tenham colaborado para manter o País em condições de alcançar a meta internacional — testar 90% das pessoas diagnosticadas, colocar 90% delas em tratamento e conseguir tornar a carga viral insignificante em 90% dos casos. Segundo o órgão do governo federal, faltam 11% para isso ocorrer.
Em 2014, Brasília registrou 589 casos de pessoas infectadas pelo vírus HIV e 409 que desenvolveram a aids. A diferença dos números indica que cada vez mais o diagnóstico precoce é realidade na capital do País, o que permite iniciar o tratamento antes de a doença se desenvolver. Há 11 centros públicos de referência em todo o DF. Brasília foi uma das primeiras unidades da Federação a implementar a diferenciação dos casos de aids dos de HIV (infectados, mas não doentes). Isso ocorreu em 2009 e, a partir de 2013, tornou-se uma norma nacional.
Tratamento
O tratamento é garantido pelo governo federal com o fornecimento de 22 medicamentos para pacientes soropositivos (11 nacionais e 11 importados). Quem entrou em contato com alguma forma de contaminação deve procurar um dos centros de referência da rede pública ou qualquer hospital ou posto de saúde, para ter as orientações para fazer o teste e iniciar o tratamento, se for o caso.
— O exame detecta a presença do vírus depois de 30 dias do possível contágio. Portanto, não adianta ir ao hospital no dia seguinte — explica o gerente de doenças sexualmente transmissíveis da Secretaria de Saúde do DF, Sérgio D'Ávila.
Pessoas que sofreram violência sexual e profissionais da área de saúde têm direito ao tratamento de profilaxia pós-exposição. No primeiro caso, a vítima deve registrar a ocorrência em delegacia de polícia e, de lá, será encaminhada para o tratamento. Médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde que tiverem contato com material contaminado devem dirigir-se ao núcleo de controle de infecções da unidade em que atua. Os funcionários da rede privada devem procurar a pública para iniciar o tratamento que dura 28 dias com medicação e mais 3 meses de acompanhamento.
Formas de contágio
A aids é uma doença desenvolvida por pessoas infectadas pelo vírus HIV. Ele está presente no sangue, no sêmen, na secreção vaginal e no leite materno. O contágio pode ocorrer de várias maneiras, como lista o Ministério da Saúde: sexo sem camisinha; de mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; uso da mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado; e instrumentos cortantes não esterilizados. O preservativo está disponível na rede pública de saúde.