Edição − Setembro/2013 - Categoria: Ultrassonografia Geral
Avaliação Ultrassonográfica da Esteatose Hepática
AUTORA
Marcia Wang Matsuoka
Médica Doutora em Radiologia pela USP; Especialista em Ultrassonografia pelo Cetrus; Médica Assistente do Instituto da Criança – HCFMUSP; Médica Ultrassonografista do Hospital Samaritano – SP; Médica Ultrassonografista do Grupo Fleury – SP. Ministra cursos de US Medicina Interna, US Medicina Interna Avançado, Urologia com Biópsia e Urologia sem Biópsia. Curriculum completo na Plataforma LATTES pode ser consultado no site http://lattes.cnpq.br/7902928197224697
INSTITUIÇÃO
CETRUS – Centro de Ensino em Tomografia, Ressonância e Ultrassonografia
ARTIGO COMENTADO
A partir da tese defendida em 2008, orientada pela Dra. Ilka Regina Souza de Oliveira, com o tema “Contribuição da ultrassonografia para o diagnóstico das alterações histopatológicas presentes na hepatite C crônica, com ênfase na esteatose hepática”¹, desenvolveu-se o artigo científico publicado na Revista Radiologia Brasileira em 2011² com o mesmo tema.
Motivados pela alta prevalência da EH e a consequente maior observação da EH nos resultados ultrassonográficos, os autores desenvolveram este trabalho, onde descrevem a capacidade do método ultrassonográfico em diagnosticar a presença da EH numa população de pacientes portadores de hepatite C crônica.
Dada a alta prevalência da hepatite C crônica na população geral, muitas vezes sem a ciência deste diagnóstico, e sendo a EH um dos marcadores da hepatite C, consideramos que os parâmetros ultrassonográficos utilizados e citados no artigo, possam ser de utilidade para o diagnóstico da EH, de modo que os exames ultrassonográficos sejam realizados com parâmetros que minimizem o aspecto subjetivo do mesmo.
Neste trabalho, os autores correlacionaram os aspectos ultrassonográficos da EH com os resultados anátomo-patológicos obtidos das biópsias hepáticas realizadas nestes pacientes. Foram estudados 192 pacientes portadores de hepatite C crônica, salientando que o exame ultrassonográfico foi realizado previamente à realização da biópsia, com o intuito de delimitar o melhor local para a punção. Desta forma, não houve o viés de um intervalo longo entre o exame ultrassonográfico e a realização da biópsia,o que poderia alterar a relação entre as características ultrassonográficas observadas e os resultados anátomo-patológicos obtidos.
Observou-se que o método ultrassonográfico apresentou uma concordância regular para o diagnóstico da EH, com sensibilidade de 79,3%, especificidade de 77,9%, valor preditivo positivo de 39,0% e valor preditivo negativo de 95,5%, destacando-se a capacidade do método em mostrar a probabilidade de inexistência de EH. E dentre os parâmetros ultrassonográficos utilizados para o diagnóstico da EH (ecogenicidade e atenuação), a atenuação foi o parâmetro que apresentou melhor correlação.
Figura 1: Esteatose hepática leve
Figura 2: Esteatose hepática moderada
Figura 3: Esteatose hepática acentuada
REFERÊNCIAS
1. Matsuoka MW. Orientadora: Dra Ilka Regina Souza de Oliveira. Contribuição da ultra-sonografia para o diagnóstico das alterações histopatológicas presentes na hepatite C crônica, com ênfase na esteatose hepática. Tese de doutorado em Radiologia, 2008; Instituto de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – disponível na íntegra on-line no site da biblioteca da Faculdade de Medicina da USP;
2. Matsuoka MW.Radiol Bras. 2011 Mai/Jun;44(3):141–146
Para ler o artigo na íntegra, acesse:
www.rb.org.br
www.teses.usp.br