Senado proíbe uso da expressão "bacharel em medicina" em diplomas
Documento de formados deverá trazer somente a palavra "médico". Objetivo é diminuir barreiras para que médicos façam curso no exterior
Quarta-feira, 23/03/2016 - Categoria:
O Senado aprovou ontem, terça-feira (22), em votação simbólica, projeto de lei que proíbe cursos de Medicina do país a emitirem diplomas com a denominação “bacharel em medicina”. Pela proposta, o documento deverá conter somente a palavra “médico”. Como o texto já passou pela Câmara, a matéria segue agora para sanção presidencial.
A justificativa da proibição apresentada pelo projeto, relatado pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que é médico, é que formados no curso de medicina estão enfrentando dificuldades para serem aceitos em cursos de especialização no exterior.
Isso porque, de acordo com o texto, alguns programas de intercâmbio “exigem” que os diplomas denominem os formados em medicina como “médicos”.
No relatório, Caiado cita o caso da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), cujos alunos encontraram dificuldades em realizar intercâmbio no exterior devido à falha de redação no diploma.
“Alunos do Centro Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) reclamaram que egressos do curso de Medicina daquela instituição estavam tendo dificuldades para realizar intercâmbio no exterior, vez que em seus diplomas consta o título de ‘bacharel em medicina’”, registra Caiado.
O parlamentar diz ainda que o Conselho Nacional de Educação, órgão ligado ao Ministério da Educação, não apresentou uma solução para o problema o que deu força ao projeto de lei.
De acordo com o texto, a mudança nos diplomas começará a valer assim que o projeto for publicado no Diário Oficial da União, quando for sancionado pela presidente Dilma Rousseff.
Fonte: G1 (Gustavo Garcia)